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A compra de um imóvel para fins não residenciais é um investimento com motivação racional, pautada em oportunidade de rentabilidade do mercado ou sua exploração. É um bem adquirido por um público exigente, que consulta o mercado, quer saber sobre o empreendimento e necessita de atendimento diferenciado. Apesar dos desafios, estes imóveis “comerciais” garantem o retorno, exigindo da construtora competência e planejamento adequado para otimizar o tempo.
Instabilidade do mercado
Dados do Índice Geral do Mercado Imobiliário, o IGMI-C, da Fundação Getúlio Vargas demonstram uma desaceleração nas taxas de retorno da renda em 2015.
Nas três versões do índice, o percentual foi de 2,08%, 0,11% e 2,19% no segundo semestre em relação ao primeiro semestre de 2015. A sequência de reduções demonstra uma desaceleração do setor, tal qual ocorreu em 2013.
O cenário instável deixa o investidor mais receoso em apostar no segmento, o que dá margem para negociações.
Falta de inovação em sustentabilidade
A sustentabilidade na construção civil está ligada à qualidade que o empreendimento possui quanto ao uso dos recursos naturais e as alternativas que diminuem o impacto no meio ambiente. Há diferentes opções, que vão desde a fundação, passando pela reutilização da água até painéis fotovoltaicos para captação de luz solar e outras e práticas sustentáveis. É importante avaliar se as práticas realmente causam um impacto positivo, o que valoriza o imóvel e aumenta o interesse do comprador.
Pouca versatilidade na planta
Oferecer só um tipo de loja ou sala pode não ser bom para as vendas. É interessante ter no portfólio mais de uma opção, tendo em mente todas as possibilidades de junções, a exemplo de salas únicas, duplas, meia laje e laje inteira, além de diferentes tamanhos. Oferecer mais de uma possibilidade, dentro de padrões específicos para as necessidades do cliente, aumenta o poder de negociação e garante bons rendimentos.
Escassez e dificuldade de crédito para o cliente
Os financiamentos ainda são a principal porta de entrada para investidores. Contudo, diferente dos imóveis residenciais, não é possível utilizar o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) para a entrada ou mesmo para amortização das parcelas do financiamento. O bem ainda pode ser dado como garantia, mas ninguém quer perdê-lo e, por essa razão, é imprescindível dar suporte ao cliente.
Falta de conhecimento técnico adequado de quem vende
Em algumas situações, a empresa até tem ciência do que está fazendo e domínio dos processos, mas quem vende precisa ter profundo conhecimento sobre o imóvel. Seja corretor ou representante comercial da empresa, ele precisa saber a fundo sobre o projeto para fornecer detalhes com riqueza, focar nos diferenciais e saber as mais importantes terminologias utilizadas no segmento de comercial. São muitos desafios que exigem cautela como estratégia de sobrevivência. Há diferentes abordagens que podem ser adotadas, mas a regra principal é não ficar parado.