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O termo, derivado do inglês, pode ser traduzido como “construído para servir”, e trata-se de mais uma modalidade de operação imobiliária. No built to suit um investidor viabiliza a construção do imóvel de acordo com os interesses e diretrizes de um futuro locatário, que irá utilizar-se deste por um período pré-determinado em contrato.
Entendendo melhor
O built to suit surgiu nos países europeus e nos Estados Unidos a partir da necessidade de imóveis comerciais para locação cada vez mais exclusivos. Com exigências e padrões cada vez mais específicos para cada tipo de segmento, encontrar um imóvel que atende a todos os requisitos de operação do negócio se tornou uma tarefa bastante desgastante.
A empresas de hoje buscam imóveis que atendam especificações técnicas, otimizem os espaços e racionalizem os custos de operação, mas principalmente: que sejam customizados.
Em diversos países europeus, Estados Unidos e também no Brasil, o setor industrial é um dos que mais se utilizam dos imóveis sob medida. Além dos galpões e centros de distribuição, outros setores que vem seguindo essa tendência são o hoteleiro, educacional, bancário e de escritórios corporativos.
Outra importante característica positiva do build to suit é que o locatário não precisa alocar recursos na construção do imóvel, reduzindo assim drasticamente o custo inicial de operação. Dessa forma, o empresário pode destinar seus esforços no seu core business, isto é, na atividade principal do seu negócio.
Como é feito um contrato de locação a longo prazo, a empresa tem um fôlego financeiro, o que viabiliza a operação do negócio. Nessa medida, BTS (build to suit) é a modalidade ideal para quem tem planejamento, estratégias de mercado bem definidas, e pensam no mercado de maneira inteligente. Quando comparados o custo de compra de terreno, construção de um imóvel e sua respectiva valorização com os lucros que podem ser gerados com a alocação desse dinheiro na operação do negócio, o aluguel deixa de ser um custo e se torna um investimento.
Como funciona o Built to Suit na prática?
Primeira Etapa
O empreendedor ou empresário, depois de fazer os seus planejamentos, apresenta ao mercado as suas necessidades: a área, o tipo de construção, o padrão de acabamento necessário, o prazo de entrega, e tudo mais que ele pensa ser importante sobre o imóvel que ele deseja.
Nessa etapa é essencial que o futuro locatário tenha em mente que ele está se mostrando disposto a fazer um contrato de longo prazo. Sendo assim, o plano de negócio e suas demais estratégias devem ser bem definidas.
Segunda etapa
Construtoras e investidores analisam as necessidades do cliente, e começam a buscar e determinar áreas potenciais. Uma vez determinadas essas áreas, é elaborada uma proposta comercial ao futuro locatário.
Essa proposta, logicamente, é estudada, debatida, muitas vezes alterada, até que o cliente se sinta confiante para fechar o negócio.
Terceira etapa
Uma vez que o negócio é fechado, é feita toda a parte jurídica, que elucida direitos e deveres tanto do locatário quanto do investidor. Concomitantemente, são elaborados os projetos de construção, que são discutidos, modificados, até que sejam aprovados pelo cliente. Posteriormente, é assinado o contrato legal.
Só então, é feita a aquisição do terreno se for preciso ou, se o terreno já está adquirido, é iniciada a construção.
Aqui, investidor e locatário estão em diálogo constante. É recomendado escolher uma construtora com experiência comprovada no mercado, e que trabalhe com ética e profissionalismo. Pode ser que o futuro locatário não tenha experiência em construção. Quando é este o caso, contar com a consultoria de uma construtora consolidada e experiente é, com toda certeza, um grande diferencial.
Quarta e última etapa
Construção, entrega e ocupação do imóvel.
É uma boa prática o cliente estar visitando as instalações periodicamente, evitando assim, possíveis decepções quando recebe o imóvel.